[Entrevista] Ana Cristina Aguiar

Oi Galera,

Hoje estou trazendo para vocês uma entrevista bem legal com Ana Cristina Aguiar, autora da série "Os Tronos da Luz" que tem os livros "A Profecia de Hedhen" (ver resenha aqui) e "As Árvores Sagradas de Nod" (apenas em e-book por enquanto) publicados.
Estou super ansiosa pela leitura do segundo livro (que já fiquei sabendo pela entrevista que será em dois volumes!!!)
Espero que gostem da entrevista tanto quanto eu gostei de desvendar um pouco mais da saga e da autora.

Yume: Para quem não te conhece, como você apresentaria a Cristina Aguiar?
Cristina: Sou uma pessoa tranquila, cristã, adoro escrever, ler, jogar video game com minhas filhas, Sair com os amigos ou a família e me divertir; sou do tipo que prefere ir a um museu do que à praia, curto demais cinema, amo rock, gosto de animes, séries americanas, livros nem se fala! Adoro História e ainda sonho em trabalhar com pesquisa. Tento ser na vida real o que sou no face, rsrsrs. Bom, acho que já deu pra saber um pouquinho de mim.

Yume: O que te inspirou a escrever a saga “Os Tronos da Luz”?
Cristina: Eu queria, de início, contar uma história onde a mulher se destacasse como a heroína. Existem livros de fantasia onde a mulher nem sequer aparece e quando aparece é num papel maçante de vítima, mocinha chorosa ou mulher sedutora. A ideia foi tomando forma a partir de umas pesquisas pessoais sobre o matriarcado, e eu comecei a imaginar um mundo onde eu não tivesse que explicar o porque da mulher herdar um trono ou ir para a guerra. Em Hedhen isso é muito natural. Além disso, eu tinha muitos questionamentos teológicos que ajudaram a dar suporte à trama.

Yume: Eu senti um quê em seu livro que lembra muito as sagas “O Senhor dos Anéis", de J. R. R. Tolkien e "Crônicas do mundo Emerso" de Licia Troisi. Você se inspirou em algum outro livro/série no seu processo de criação?
Cristina: Minhas maiores inspirações foram Tolkien e a Bíblia. Em Tolkien, eu pude resgatar a personalidade do herói, a força da amizade, o anseio pela mudança em um mundo aparentemente perdido, e também como trabalhar o etéreo, o mágico, em um ambiente real. Na Bíblia existem muitas histórias de fé e heroísmo que batem qualquer saga, sendo para mim o maior épico que já li. E ambos falam daquilo que eu quis trabalhar: a dualidade do Bem x Mal. Sei que muitos dizem que isso é clichê. Que seja! O importante é como a história é contada e se ela está fazendo alguma diferença para quem lê. Quanto a Lícia Troisi, não posso deixar de citá-la, pois eu praticamente devorei a primeira trilogia de O Mundo Emerso, e fiquei muito feliz por você ter identificado algo em meu livro. O gênio explosivo da Nihal me ajudou a compor a Jael e o Ido me serviu de inspiração para o Nathan.

Yume: Como você diria que é o seu processo de escrita (metodologia/rotina de escrita adotada)? Você tem uma mania, um hábito que sempre faz quando está escrevendo?
Cristina: Durante a escrita propriamente dita, eu curto o silêncio. Por isso eu prefiro escrever de madrugada, pois durante o dia é praticamente impossível. Mas durante o processo, enquanto estou imaginando as cenas, antes de colocá-las no papel, eu gosto de ouvir as músicas da banda de metal sinfônico Within Temptation. Elas me ajudam a imaginar as cenas como em um filme, sabe? Também gosto de assistir filmes de fantasia (novos e antigos); ver imagens fantásticas na internet e jogar rpg também fazem parte do pacote.

Yume: Uma coisa que gostei em “A Profecia do Hedhen” foi a intercalação de passagem dos personagens, era super rápida a passagem da visão de um para o outro, o que facilitava a leitura e acompanhar o que estava acontecendo com os vários personagens. Isso foi intencional?
Cristina: Sim, isso faz parte da minha maneira de contar a história. Trabalho com muitos personagens e tento administrar todos. Isso seria impossível se eu ficasse focada em apenas uma determinada cena. A história é bastante dinâmica, uma ação puxa a outra e é importante intercalar isso. As ações são rápidas porque a própria história pede isso. Já pensou que tamanho ficaria o livro se eu levasse três páginas para resolver qualquer coisa? O caso não é a ação ser rápida, mas se ela, mesmo curta, cumpriu o seu papel na trama.

Yume: Qual foi a parte dos seus livros que te deram mais trabalho para escrever?
Cristina: O final, em ambos os casos. Em Hedhen ele teve que ser bem pensado. Deletei várias páginas tentando encontrar o desfecho apropriado. Eu queria que fosse forte, que fosse tenso, que tocasse as pessoas. Minha mãe quase me bate quando leu, rsrsrsrs. Em Nod também foi o final, mas de um jeito diferente. Como o livro impresso vai ser dividido em duas partes, falo do final do volume dois. Era uma cena de guerra e eu tive que detalhar cada frente de batalha, pois muita coisa ia acontecer e não podia ser uma passagem rápida. Não considere isso spoiler, pois apenas falar da guerra é muito pouco diante do acontece nela.

Yume: E quais foram as que fluíram mais rápido?
Cristina: Os diálogos entre Deborah e Jael sempre foram muito gostosos de fazer. Sempre que as duas estão conversando, as palavras surgem com muita naturalidade. Adoro explorar suas personalidades através dos diálogos. Aliás, não só com elas, mas gosto de trabalhar isso nos outros personagens também. Me sinto confortável com os diálogos. E esses momentos também serviram para ir conduzindo a história quando eu me sentia meio perdida.

Yume: Você está lançando o segundo livro da Saga “As Árvores Sagradas de Nod” onde conta a história dos filhos dos protagonistas do primeiro livro. Para quem não leu, o que pode esperar?
Cristina: Acho que a escrita está mais madura em relação ao primeiro. Nesse eu exploro mais alguns personagens que no primeiro estavam em segundo plano e aumentei o número de vilões. Joguei mais magia e mistérios a serem resolvidos. Alguns locais que no primeiro são apenas citados, surgem como cenários importantes. E tem também a novidade do mapa! Todo livro de fantasia tinha que ter um! E pra quem gostou do primeiro vai poder rever seus personagens favoritos em novas funções e com novos desafios.

Yume: Eu não consegui escolher um personagem preferido, ficava em dúvida entre a sabedoria do Nathan, a impetuosidade da Jael, sem falar que o Barak é perfeito!! Houve algum personagem com o qual você se identificou mais ou que poderia considerar como o se preferido?
Cristina: Sempre me identifiquei com a Noa. Acho que por ela gostar de fazer o seu trabalho sem estar no centro da história. Era uma mulher de poucas palavras, mas de atitude. Gostei tanto dela que no segundo livro ela já não pode passar despercebida. Tornou-se um persongem de extrema importância. A Deborah também tem meu carinho especial. Não por identificação, mas por ter sido um personagem difícil. Tanta sabedoria e tanta insegurança! Como fazer isso funcionar? Foi difícil.

Yume: Que mensagem você deixaria para os seus leitores ou aqueles que vão ler os seus livros?
Cristina: Eu escrevi o livro que eu sempre busquei e nunca encontrei. Acho que isso ocorre com muitos autores. Então, eu espero que ele seja tão prazeroso para você que vai ler, quanto foi para mim que o escrevi. Foi feito com imenso carinho e eu adoraria compartilhar essa aventura com vocês.

Obrigada Cristina pela entrevista, adorei saber um pouco mais sobre você e essa saga tão envolvente e que estou acompanhando também!

Mais informações:
Assista os book trailers: 
Beijos!

6 comentários:

  1. Parabéns pela entrevista, rica em detalhes sobre a obra da autora! http://lilianpoesiablogs.blogspot.com.br/

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    1. Oi Lilian,

      Obrigada!
      E para quem é fã, como eu, adora saber um pouco mais das obras e da autora!!
      Beijos!

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  2. OI adorei conhecer mais uma autora e seus livros!
    E parabéns pela entrevista!
    Bjs, me segue se ja segue ignora e comenta por favor ajudaria muito.
    http://resenhasteen.blogspot.com.br/2013/10/filmes-baseados-em-livros.html

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    1. Oi Naylane,

      Obrigada, se você ainda não leu os livros dela, tem que ler, essa saga "Os Tronos da Luz" é muito boa!!!
      Já estou seguindo!

      Beijos!!!

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  3. Gosto muito dos livros da autora, são tudo de bom. Ela tem um talento nato pra isso. A entrevista está demais. Foi ótimo conhecer mais um pouco do trabalho dela e do novo livro. Vou adorar ler.

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    1. Oi Beth,

      sim, a escrita dela é muito boa e te surpreende do início ao fim!!
      E pode ler sim, que vale a pena!!
      Abraços!

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Obrigada pelo seu comentário!

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