[Matéria] O Universo dos Mangás e algumas de suas subdivisões

Oi Galera,

Hohe tem um post bem legal, em que falo um pouco sobre Mangás!!!
Tenho que dizer que sou fã e apaixonada, minha coleção já passa dos mil exemplares e acompanho a JBC desde que laçou os mangás Sakura Card Captors, Samurai X, Guerreiras Mágicas, entre outros, isso lá em 2001.
Com o tempo vimos o aumento do número dos títulos publicados e de editoras que trabalham com o tema, algumas ainda restritas na sua distribuição, mas que alcança, a cada ano, um público maior.

Bom, espero que gostem!!!

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As histórias em quadrinhos como são conhecidas, surgiram no final do século XIX, nos Estados Unidos da América, quando o artista Richard Outcault (1863-1928) criou uma história em tirinhas e a publicou no jornal. Com o título de Yellow Kid, esse tipo de produção sequenciada e de entretenimento, ganhou destaque e começou a se tornar uma parte fundamental dos periódicos.
Mas, dizer que há um marco para a produção de histórias em quadrinhos, ou o uso de imagens para se contar algo, remete-nos à própria história do homem enquanto produtor pictográfico, desde os grafites rupestres de Lascaux e tantos outros produzidos no período Paleolítico, até o desenvolvimento de produções artísticas ao longo dos séculos. Pensar uma narrativa por meio de imagens sequenciadas, não é algo novo, mas os elementos e estruturações dos desenhos em quadrinhos, remetem à contemporaneidade.
Se os primeiros quadrinhos surgem nos Estados Unidos no final do século XIX, a palavra mangá aparece pela primeira vez em 1814, quando o artista japonês Katsushita Hokusai (1760-1849) passou a elaborar desenhos (caricaturas e ilustrações) sequenciados e impressos em uma mesma brochura, permitindo a criação de uma narrativa (BARBOSA, 2009). Esses primeiros exemplares ficaram conhecidos como Hokusai Mangá, cujo ideograma de mangá pode ser traduzido como desenho involuntário. Mas, somente a partir do final da Segunda Guerra Mundial é que os mangás passaram a adquirir os traços característicos dos atuais, influenciados pelas animações de Walt Disney (1901-1966) e de histórias em quadrinhos ocidentais. Assim, os desenhos japoneses começaram a adquirir uma estética própria e marcante, enfatizada pelo tamanho das cabeças e dos olhos dos seus personagens; e a expressividade facial, beirando ao exagero. Nesse cenário, se destaca o artista Osamu Tezuka (1928-1989), responsável pela primeira veiculação da estética contemporânea dos mangás e da cultura japonesa com sua história em quadrinhos, criando títulos como A Princesa e o Cavaleiro e Astroboy (BARBOSA, 2009).
A produção de mangás, no Japão, cresce a cada ano, consolidando jovens e antigos escritores, criando uma legião de fãs ao redor do mundo. Além de uma estética própria, os mangás apresentam uma forma de leitura, baseada na escrita japonesa, iniciando de trás para frente, da parte superior para a inferior, da direita para a esquerda. Os mangás publicados no Brasil apresentam as instruções de leituras para os leitores de primeira viagem e, ainda podem apresentar um glossário ao final, com explicações de termos, datas e demais informações sobre a cultura japonesa que são mencionadas ao longo do mangá, uma forma de fazer com que o leitor se intere e consiga entender o contexto em que determinados termos ou falas dos personagens foram construídas. Os mangás podem ainda ser divididos por gênero e faixa etária, dependendo do teor abordado no interior das histórias. Para o público infanto-juvenil, há três estilos específicos:
·         Shonen: apresentam um alto teor de ação, lutas e ênfase na violência, sendo associadas, geralmente, ao público masculino, uma vez que o termo shonen significa “menino”. São exemplos desse estilo os mangás Cavaleiros do Zodíaco (Masami Kuramada), Dragon Ball (Akira Toriyama), Samurai X (Nobuhiro Watsuki), Fairy Tail (Hiro Mashima), entre outros;
·         Shoujo: histórias que apresentam como cerne norteador o romance. Podem apresentar lutas, magia e aventura, mas não enfatiza a violência como o shonen. Entre os títulos principais e mais conhecidos pelo público brasileiro estão Sailor Moon (Naoko Takeuchi), Sakura Card Captors (Clamp), Guerreiras Mágicas de Rayearth (Clamp), Black Bird (Kanoko Sakurakoji).
·         Kodomo: livro com temática infantil, assim, elementos como lutas, sexo e violência, são suprimidos.
 A subdivisão de estilos de mangás adultos é maior que a infanto-juvenil e trabalha com temas como humor, homossexualismo, violência sexual, sexo explícito, incesto, fatos do cotidiano, além de romance, violência, magia, entre outros presentes nos gêneros anteriormente citados. Entre os etilos de mangás que possuem maior destaque estão:
  • Hentai: história em quadrinhos com alto teor de sexo e pode ser apresentado de forma erótica ou pornográfica, como Kami Nomi Zo Shiru Sekai;
  • Ecchi: mangás com insinuação erótica e sexual, mas não mostra órgãos sexuais ou cenas pesadas, ou as mesmas apresentam uma tarja preta para cobrir as insinuações mais apelativas, a exemplo do mangá Love Hina;
  • Yaoi: histórias que abordam o relacionamento homossexual masculino, a exemplo do mangá Empty Heart, Darling e Hero Mitai Ni;
  • Yuri: histórias que abordam o relacionamento homossexual feminino, a exemplo do mangá Boku no Pico Comic;
  • Gekigá: mangá cuja história enfoca o dia a dia, os fatos do cotidiano e expressam grande carga de realidade;
  • Aniparo: mangás com temas humorísticos ou que destacam o humor em fatos do dia a dia.
É importante ressaltar que os gêneros ou estilos de mangás supracitados, se desdobram em outros, e que apenas foram trazidos alguns, os mais conhecidos ou divulgados no ocidente, no nosso caso, no Brasil. Aqui, embora os mangás tenham chegado e começado a fazer parte do universo japonês, sobretudo entre as famílias aqui residentes, uma das primeiras e mais expressivas editoras criadas que adotou a forma de publicação existente no Japão – como o estilo de leitura e em formato de meio tankobon – foi a Editora JBC (Japan Brazil Communication), que publicou as traduções de Sakura Card Captors, Inu Yasha, Samurai X, entre outros.
A seguir (não sei ainda quando publicar os próximos posts sobre mangás), tentarei analisar, de forma inicial, uma história e seu correlato em versão mangá e, relembrar alguns mangás que foram publicados aqui em terras brasileiras. É necessário ressaltar que o processo da análise literária conhecida também como a leitura de textos literários, realizada nas salas de aula, quando bem realizada, permite que o leitor adentre pelo universo mágico da literatura e conheça as suas peculiaridades, a riqueza de sua construção imagética, a sua linguagem conotativa, bem como, as diferentes maneiras de explorar seus variados aspectos. (COSSON, 2011, p. 29)

16 comentários:

  1. Adorei a postagem aprendi bastante sobre os mangás , tem histórias bem legais e imagens maravilhosas .

    abraços

    Joyce

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  2. Show de bola essas informações. Menina você foi demais aqui. Amei ter conhecimento desses detalhes. Aprendi muita coisa sobre o assunto neste post. Obrigada por dividir conosco e admirada com tanta informação sobra os mangás. Beijos.

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  3. Ai que legal!
    Assisti a apresentação de um TCC essa semana que o assunto era justamente o controle bibliográfico de Mangas. Fiquei fascinada pela apresentação da menina, e só lembrei dela quando li seu post.
    Confesso que não sou muito ligada nesse mundo de mangas, mas acho lindo quem tem essa cultura. Acho os mangas caros, e nunca comprei porque preciso filtrar meus gastos com frquência. Mas sua postagem ficou fabulosa!

    bjus
    terradecarol.blogspot.com

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  4. Não sou muito ligada a mangá e a cultura japonesa em geral.
    Mas tenho curiosidade de ler. Pelo menos umzinho =))
    Aah, você mudou o lay por aqui *---*
    Ficou fofo demaaaais. Adorei <3

    Beeijinho. Dreeh
    Blog Mais que Livros

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  5. Nossa, mais de 1000 exemplares?! Haja lugar pra guardar tudo isso hein rsrs.
    Eu nunca li um mangá completo, tentei ler alguns mas não funcionou comigo, não consegui me interessar. Mas o post está ótimo, esclarecedor.

    Beijos.
    Leituras da Paty

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  6. Que máximo que você gosta tanto!! Mais de 1000 mangás? É coisa demais! *-* Eu queria ter os da Sakura, mas até no relançamento só descobri depois, como não conseguiria completar acabei não comprando nada. Não sabia nada disso sobre a história do mangá e suas subdivisões! Adorei conhecer um pouco, embora não costume ler o gênero.

    Beijo!

    Ju
    Entre Palcos e Livros

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  7. Olá, tudo bom?

    Eu nunca fui uma pessoa adepta à cultura japonesa (não por preconceito como ocorre muito por aí, mas sim por falta de interesse). Mangás, animes e tudo o mais nunca foi chamativo o bastante para me atrair. Enfim, no decorrer da leitura do seu post, fiquei interessado em alguns tópicos, o que, talvez, me faça pesquisar mais um pouco sobre as sub-divisões do grande universo dos mangás :3

    Até mais,
    Sérgio H.

    www.decaranasletras.blogspot.com

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  8. Oie,

    Gente mais de 1000 mangás, nem sei o que comentar, eu li acho que uns 10 no máximo, porque na minha cidade é muito dificil achar, então eu pedia emprestado pra que tinha, e lia, gostei astante de saber como surgiu o mangá, e os que você citou eu não conhecia nenhum. Estou tentando ler mais mangás, mas está difícil.

    Mayla

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  9. Priiii, que post legal! Eu não gosto muito de mangá, sempre me embanano com esse lance de ler de trás pra frente. Mas gostei de saber mais sobre isso, foi bem informativa sua matéria.
    Beijinhos!
    Giulia - Prazer, me chamo Livro

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  10. Olá, curto bastante mangás, até leio alguns.
    Gostei muito de seu post, pois você cita elementos
    importante que nem sabia. E isso me fez ter mais
    conhecimento por esse mundo, adorei
    bjs

    http://www.loveebookss.com.br/

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  11. Oieeee, quando eu era criança adorava ler histórias em quadrinhos rsrs, já li muitos e até hoje eu gosto de ler A Turma da Mônica rsrsrs, não é o meu gênero preferido, porém as vezes quando não tenho nada para fazer e encontro um quadrinho dando bobeira, claro que eu leio rsrs, adorei sua postagem. Abraços.

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  12. Oie! Eu sempre gostie de quadrinhos e conheço alguns mangás!
    Adoro o universo de algumas historias japonesas e inclusive tenho a coleçao de um.


    beijos!
    www.cinefilandobr.blogspot.com

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  13. OI Pri, tudo bem?
    Fiquei impressionada com o tamanho da sua coleção, você realmente é fã. Não sabia que existiam tantos tipos diferentes e nem a origem dos mangás. Fiquei imaginando sobre o criador de quadrinhos, será que ele na hora pensou a repercussão que sua tirinha teria???
    Parabéns pela matéria.
    beijinhos.
    http://cantinhoparaleitura.blogspot.com.br/

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  14. Olá Pri!
    Eu não conheço muito de mangá. Vejo alguns animes.
    Adorei conhecer um pouco mais desse mundo. Sei que ele não é muito divulgado.
    Beijinhos!
    http://www.eraumavezolivro.blogspot.com.br/

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  15. Oi Pri!
    Eu raramente leio mangás e também acabo que sempre que posso escolher entre um romance e um mangá, vou para o livro! Meu irmão é viciado!
    Gostei do post e aprendi um pouquinho da história aqui!
    Grande beijo!
    Paulinha Juliana - Overdose Literária
    http://overdoselite.blogspot.com.br/

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  16. Ah Meu Deus! eu sou completamente viciada em mangá! conheci por sugestões de amigos e não parei mais rsrsrs... Leio mais Shounen e Shoujo e os meus mangás preferidos são: Naruto, Fairy Tail, Bleach, Fulmetal Alchemist, Nisekoi, Katekyo Hitmam Reborn e etc. Beijos

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