Sei que ando sumida, mas a saúde e o trabalho em primeiro lugar, mas tem muita resenha para sair nos próximos dias e quando digo muitas, são mesmo, rsrsrsrsrrsrs.
No entanto, hoje tem a segunda parte da matéria sobre mangás, onde analiso o conto O Gato de Botas e seu homônimo na publicação "Grimm's Mangá", essa análise fez parte de um artigo que publiquei, então espero que gostem!
No entanto, hoje tem a segunda parte da matéria sobre mangás, onde analiso o conto O Gato de Botas e seu homônimo na publicação "Grimm's Mangá", essa análise fez parte de um artigo que publiquei, então espero que gostem!
Vamos começar?
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Jacob (1785-1863) e Wilhelm (1786-1859),
também conhecidos como Irmãos Grimm, foram dois alemães dedicados ao trabalho
de registrar contos e fábulas populares do universo da oralidade e as
publicarem na forma física. Responsáveis por contos que acompanham gerações e permeia
o imaginário infantil, o conto escolhido para análise, O Gato de Botas, cuja primeira versão foi publicada e escrita pelo
francês Charles Perrault (1628-1703), em seu livro Contos da Mamãe Ganso e, como ocorreu com outras histórias, foram
republicadas e catalogadas pelos Irmãos Grimm.
O
conto O Gato de Botas (GRIMM, GRIMM, 2012)
traz a história de um moleiro que ao morrer deixa de herança tudo o que tem
para seus três filhos. O mais velho fica com o moinho, o segundo com o burro e
o caçula, por ser o mais novo, fica com o gato. Ao se ver sem nada o irmão
caçula questiona a serventia de um gato e a possibilidade de matá-lo para fazer
um par de luvas, quando este começa a falar e pede para que lhe compre uma
bota, pois assim, poderá lhe trazer muito ouro. Com as botas, o gato sai e
descobre que o Rei adora perdizes, então começa a caçar e levar como presente
de seu dono, o Conde – na realidade o dono do gato –, para o rei. Em uma das
visitas, ao descobrir que o rei e a princesa irão passear junto ao lago, ele
volta para a casa do filho do moleiro correndo e o manda ir para o lago se
banhar, ao chegar lá, ele esconde as roupas de seu dono e, quando o Rei e a
Princesa aparecem, ele diz que o seu patrão foi assaltado. Enquanto ele é
levado para uma grande propriedade, o gato vai á frente ameaçando aos
trabalhadores dizendo que quando perguntarem a quem pertence tudo aquilo, deveriam
dizer que tudo pertencia ao Conde. Ao chegar a um enorme castelo, o gato engana
o feiticeiro, fazendo-o se transformar em um rato e, logo depois, devorá-lo. Assim,
o filho do moleiro passa a ser o dono de tudo e se casa com a Princesa. Ao
longo da narrativa feita na terceira pessoa, percebe-se a passividade do filho
do moleiro em aceitar tudo o que o Gato lhe impõe e a grande esperteza do Gato,
em resolver e providenciar tudo para que seu dono se torne rico.
No
entanto, a história do mangá de Kei Ishiyama (2009), apresentada em duas
partes, demonstra grande diferença do original dos irmãos Grimm. Aqui temos um
gato mágico, chamado de Karl, que pode assumir uma forma humanoide, embora em
sua essência, ainda seja como um filhote que não abandonou a infância, pois o
uso de seus poderes está associado ao seu crescimento/amadurecimento. O filho
do moleiro, Hans, apresenta uma personalidade mais forte e menos permissiva do
que a do conto, e isso é perceptível, quando o próprio Hans conta ao Rei as
artimanhas de seu gato em tentar enganá-lo, fazendo-o passar por um conde,
quando na verdade é apenas o filho de um moleiro. O mangá, ao trazer mais
informações, enriquece o conto por meio dos detalhes visuais, o que possibilita
uma nova carga emotiva para personagens até então, pouco ou nada destacados no
decorrer da narrativa, principalmente, quanto à personalidade, pois há vários
personagens que no conto original não são destacados. É possível identificar
vários elementos presentes nas narrativas japonesas da vertente mangá, como os
olhos grandes, a expressividade facial e o sistema de leitura oriental, de trás
para frente.
O
que é interessante, na história em mangá, é que, ao ser adaptada, a autora
emprega grande carga emocional ao compor os personagens, principalmente, quando
elabora e ilustra o gato Karl, cujo objetivo em ser esperto e fazer com que seu
dono se case com a Princesa, passa pelo medo de não ser aceito por Hans, caso
ele descubra sua verdadeira forma de monstro, a qual adquire quando utiliza
todos os seus poderes mágicos. O gato vive em um dilema emocional de autorrejeição,
pois acredita que nunca será aceito pelo que é se assumir sua verdadeira forma.
Espero que tenham gostado!
Até a próxima!
Espero que tenham gostado!
Até a próxima!
Oi, Yume
ResponderExcluirAcabei de encontrar seu blog e amei! Adorei o post. O Gato de Botas nunca foi um dos meus contos favoritos, mas quem sabe agora eu não dê uma olhada no mangá e até mesmo no conto original, porque você me deixou com muita vontade conhecê-lo na íntegra.
Beijo,
Amanda
instantedolivro.blogspot.com
Olá,achei muito interessante o post,e estou realmente,muito curiosa para ler o mangá,mas encontro apenas a história da Chapéuzinho Vermelho,poderia me dizer,por favor,um site em que eu possa ler online ou baixar o Gato de Botas (mangá) ? Ou um site que o venda online.
ResponderExcluirAté mais.
Olá,achei muito interessante o post,e estou realmente,muito curiosa para ler o mangá,mas encontro apenas a história da Chapéuzinho Vermelho,poderia me dizer,por favor,um site em que eu possa ler online ou baixar o Gato de Botas (mangá) ? Ou um site que o venda online.
ResponderExcluirAté mais.